terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O CÉU DO BEIJA- FLOR




Você já perguntou qual imagem sua é refletida na retina das suas
pessoas queridas? Como elas te vêem quando você se aproxima, quando
conversa com elas, quando as visita?

Quando essas pessoas pensam em você, o que elas sentem? Alegria? Paz?
Harmonia? Ou uma vontade inquietante de te esquecer?

Quando você passa pelos outros? Que perfume fica? Que energia você
troca? Quais são os frutos que você trás consigo e entrega para os
que estão compartilhando contigo esse lindo planeta Terra?

Ah, você não liga para os outros...Desculpe, esse texto não é para
você. Essas palavras são para quem está indo no caminho oposto, para
quem se importa com o coletivo, com o olhar amigo, com o outro.

Minhas desculpas, mas essa crônica é para os que voam no céu do beija-
flor, para aqueles que carregam onde for, coisas boas, coisas
bonitas, pois não há coisa melhor na vida do que sentir que somos
queridos, não pelas coisas que possuímos, mas simplesmente pela nossa
presença.
Postado por Frank Oliveira

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

sobre a palavra e o silêncio



Gostei do texto, muito bom para reflexão, por isso compartilho.
bjkcas."

Nós, os índios, conhecemos o . Não temos medo dele. Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras. Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento. "Observa, escuta, e logo atua", nos diziam. Esta é a maneira corretade viver. Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes. Observa os anciões para ver como se comportam. Observa o homem branco para ver o que querem. Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás. Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar. Com vocês, brancos e pretos, é o contrário. Vocês aprendem falando. Dão prêmios às crianças que falam mais na escola. Em suas festas, todos tratam de falar. No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes. E chamam isso de "resolver um problema". Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos. Precisam preencher o espaço com sons. Então, falam compulsivamente, mesmo antes desaber o que vão dizer. Vocês gostam de discutir. Nem sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem. Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive. Se começas a falar, eu não vou te interromper. Te escutarei. Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo. Mas não vou interromper- te. Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante. Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei. Terás dito o que preciso saber. Não há mais nada a dizer. Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.Deveriam pensar nas suas palavras como se fossem sementes. Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio. Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar emsilêncio para escutá-la. Existem muitas vozes além das nossas. Muitas vozes. Só vamos escutá-las em silêncio.
Texto traduzido por Leela, Porto Alegre: "Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" -Kent Nerburn"



Dêem uma olhada


Tecnica de leitura e interpretação de textos em lingua estrangeira